‘O mês de setembro, dedicado a prevenção do suicídio, passou, mas as informações e os cuidados com a saúde mental devem durar o ano todo! Nesse mês, vamos falar da tão famosa ansiedade!’
No ano passado, a Organização Mundial da Saúde divulgou dados sobre a ansiedade no mundo. A pesquisa mostra que aproximadamente de 264 milhões de pessoas no mundo sofrem de distúrbios relacionados à ansiedade. No Brasil, eles afetam 9,3% da população (mais de 18,6 milhões de pessoas). Dados que surpreendem mostram que precisamos falar sobre o assunto. Então, como identificar um transtorno de ansiedade?
Ao se deparar com a pergunta “Você se considera uma pessoa ansiosa?”, a maioria das pessoas diriam que sim. Sabemos que a ansiedade vem se tornando um problema muito frequente e cada dia mais comum.
Dessa forma, é importante divulgarmos informações adequadas sobre o assunto, para que saibamos identificar quando esse estado mental e emocional deixa de ser normal e passa a ser um sofrimento psíquico que precisa de tratamento e cuidado especializado.
Ansiedade é normal?
A ansiedade é uma emoção como qualquer outra, natural do ser humano e muitas vezes importante, pois serve para nos alertar em situações adversas. Ela está diretamente ligada a uma preocupação com acontecimentos futuros.
Se ficamos ansiosos frente a um acontecimento, isso indica que provavelmente se trata de algo importante ou desconhecido, portanto precisamos nos preparar para ele.
É extremamente natural sentir ansiedade frente a determinados eventos e momentos de nossas vidas, por exemplo: passar por uma entrevista de emprego, uma reunião de trabalho, fazer uma prova, conhecer pessoas novas, ir à um primeiro encontro, entre outros.
As sensações físicas também são normais e esperadas, como por exemplo suar frio, sentir os batimentos cardíacos acelerados e tremer, desde que, após o evento, esses sintomas diminuam e desapareçam.
E quando a ansiedade passa a ser um problema?
Porém, em determinados casos, a ansiedade pode ser um grande problema quando sentida de maneira muito intensa, com frequência muito alta ou de maneira persistente.
O transtorno começa quando essa emoção causa um sentimento de paralisia em vez de contribuir com que a pessoa se prepare para passar pelo evento. O nervosismo exagerado se torna um sofrimento, impede a realização de tarefas e pode até mesmo fazer a pessoa se esquivar de enfrentar o evento, como decidir faltar a uma entrevista, cancelar uma reunião, desmarcar encontros.
Para que saibamos identificar quando a ansiedade passa do limite normal e esperado e se torna preocupante, é importante estar atento aos sintomas físicos e emocionais que ela pode causar. Sempre lembrando que cada pessoa é única e os sintomas podem variar de acordo com a personalidade, vivência e história de cada um.
Índice
Alguns dos sintomas físicos dos transtorno de ansiedade podem ser:
- Batimento cardíaco acelerado
- Sudorese
- Dificuldade de respirar ou falar
- Pressão/Aperto no peito
- Tensão muscular
- Insônia
- Agitação
- Tremores
Os sintomas psicológicos, podem ser:
- Medos irracionais
- Preocupação excessiva com assuntos do cotidiano
- Sofrimento por antecipação, o que impede com que aproveite o momento presente
- Confusão mental ou apatia
- Sensação de aceleração
- Pensamentos repetitivos
- Evitar locais ou situações por medo de se sentir desconfortável, julgado ou constrangido
Há algumas denominações diferentes para os tipos de ansiedade de acordo com o objeto e situação que desperta o transtorno. De toda forma, é importante deixar claro que o diagnóstico é realizado somente por psiquiatras ou psicólogos e que o tratamento se dá através de psicoterapia. Em casos graves, também com auxílio de medicamentos.
A ansiedade e os outros tipos de sofrimentos emocionais devem ser abordados com a mesma seriedade e respeito que as doenças físicas.
Se você acredita que a sua ansiedade deixou de ser normal e se tornou frequente ou intensa, procure por um profissional capacitado. Faça psicoterapia. Busque ajuda! Ansiedade tem cura!
Psicóloga – Rebeca Menezes
CRP 06/136355
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