Tokenização imobiliária: o que proprietários, compradores e investidores precisam saber

No cenário de modernização das operações, a tokenização imobiliária ganha cada vez mais força, principalmente com a recente discussão sobre a regulamentação do COFECI (Conselho Federal de Corretores de Imóveis) desse modelo de negócio. 

O tema, inclusive, foi pauta do Encontro da ABMI em Brasília, que aproximou o Congresso Brasileiro do corpo diretivo da Associação Brasileira do Mercado Imobiliário. 

Essa prática transforma um imóvel (bem físico) em diversas partes digitais, que são os chamados tokens, que podem ser comprados e vendidos para diferentes pessoas. Para dar validade a essa negociação, cada parte dividida é registrada em uma tecnologia segura chamada blockchains, que impede fraudes nas transações.

Basicamente, é uma modalidade que oferece mais flexibilidade e inovação na hora de vender e comprar um imóvel.

Compreenda melhor esse conceito e as vantagens da tokenização imobiliária para investidores, vendedores e proprietários.

O que é tokenização imobiliária?

A tokenização imobiliária é o processo de converter um ativo físico, como um imóvel residencial, comercial ou terreno, em unidades digitais fracionadas, chamadas tokens, registrados em blockchain.

Dessa forma, cada token representa um direito econômico sobre aquele ativo, que pode variar conforme o modelo: participação em receita, divisão proporcional de valorização, cotas de investimento, entre outros.

Então, em vez de negociar o imóvel em sua totalidade, ele é “fracionado” digitalmente em partes menores, com valor acessível. 

Isso cria um modelo flexível entre o mercado imobiliário tradicional e o mercado de capitais, permitindo que o investidor participe de forma mais flexível, dinâmica e com menos investimento inicial.

→ Exemplo:

  • Um apartamento de R$ 500 mil pode virar 500 tokens de R$ 1.000 cada.

Assim, várias pessoas podem investir nesse mesmo imóvel.

Por que a tokenização está se destacando?

Este modelo tecnológico tem ganhado destaque devido a características importantes que o colocam em evidência quando comparado a investimentos imobiliários tradicionais. 

Confira o porquê:

  • Democratização do acesso ao mercado imobiliário

Investir em imóveis sempre exigiu um capital elevado, e a tokenização muda esse jogo ao reduzir o ticket mínimo, permitindo que mais pessoas entrem nesse mercado, inclusive jovens investidores.

  • Liquidez ampliada

Tokens podem ser negociados em plataformas digitais, com liquidez significativamente maior e mais flexibilidade.

  • Tecnologia confiável e escalável

Blockchain garante autenticidade das transações, eliminando intermediários de risco e reduzindo a possibilidade de fraudes.

  • Tendência global

Mercados como EUA, Europa e Ásia já utilizam tokenização como forma de fracionamento de ativos, aproximando imóveis do universo das fintechs e dos investimentos digitais.

  • Interesse crescente de grandes players

Fundos, startups e plataformas especializadas enxergam na tokenização um caminho para expandir o volume de investimentos no mercado imobiliário com lançamentos de médio a alto padrão.

Ainda assim, as imobiliárias seguem tendo um papel crucial, apesar dessa modernização. Entenda a seguir! 

O papel da imobiliária na tokenização

Com a proposta de regulamentação do COFECI e a crescente maturidade tecnológica do setor, as imobiliárias assumem um papel central no avanço da tokenização imobiliária no Brasil. 

Pois, embora o processo envolva plataformas digitais, são as imobiliárias que conectam esse novo modelo ao mercado real, aos imóveis, aos proprietários e aos investidores.  

Afinal, mesmo que o processo utilize plataformas digitais, cabe às imobiliárias fazer a ponte entre esse novo modelo e o mercado imobiliário concreto, incluindo imóveis, proprietários e investidores.

Portanto, a tokenização imobiliária marca um novo capítulo no setor, trazendo mais acesso, segurança, agilidade e novas formas de investir em imóveis. 

É uma mudança que já está acontecendo e que tende a ganhar cada vez mais espaço com o amadurecimento das plataformas digitais e o interesse crescente de investidores e proprietários.

Nesse cenário, a Cardinali se posiciona à frente das transformações. Por sermos associados à ABMI – Associação Brasileira do Mercado Imobiliário, participamos ativamente das discussões que moldam o futuro do mercado e acompanhamos de perto as principais inovações, entre elas, a tokenização. 

E, dentro desse mesmo universo de modernização, outro recurso vem ganhando enorme relevância e praticidade: a assinatura digital. Confira como ela transforma a locação em um processo menos burocrático, mais seguro e ágil. 

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